Modernidades e Tecnologias em diálogo: a arte reprodutível de Benjamin e a reflexividade global de Giddens

Resumo

Este artigo explora as concepções de modernidade e tecnologia de Walter Benjamin e Anthony Giddens, destacando suas convergências e divergências. Benjamin, em "A Modernidade e os Modernos", critica a reprodução técnica e seu impacto na arte, argumentando que a democratização da arte através da tecnologia compromete sua autenticidade e "aura". Compreendendo a modernidade como um campo de batalha entre forças de inovação e destruição, resultando em alienação cultural. Em contraste, Giddens, em "Modernidade e Identidade", adota uma visão otimista e adaptativa, enfatizando a reflexividade institucional e as oportunidades de autoidentidade e autoexpressão proporcionadas pela tecnologia e globalização. Argumentando que a modernidade oferece novas possibilidades para a reformulação das identidades e das estruturas sociais. A análise mostra que, enquanto Benjamin se concentra nas implicações culturais e estéticas negativas, Giddens compreende a tecnologia como uma força potencialmente emancipadora nas transformações sociais. Essas perspectivas oferecem uma compreensão rica e multifacetada da modernidade, essencial para abordar os desafios contemporâneos.